segunda-feira, 28 de março de 2011

Pânico no Parque


Crianças correndo, pipocas estourando, balões coloridos subindo para o infinito. Nada como um parque de diversões. Encontro amigos, abraço-os; conheço novas pessoas, abraço-as, sempre procurando fugir do assunto quando o mesmo é a Montanha Russa; definitivamente não é para fracos, eu sou fraca, mas não devo demonstrar isso; aceito o convite. Risos, gargalhadas, brincadeiras. Estranho como a fila pareceu andar rápido, sento-me num dos carrinhos da "tão temida". Começo a suar frio, meu coração dispara, temo ter uma premonição ou algo do tipo, felizmente, não tenho. Sobe-desce, sobe-desce. Ouço gritos, provavelmente os meus são os mais desesperados; já nem vejo quem está do meu lado, na verdade, não vejo mais nada, meus olhos não se abrem a algum tempo. A adrenalina toma conta de mim, e sem que eu perceba minha volta chega ao fim, e o incrível é que por mais assustador que tenha sido eu acabei gostando, queria estar ali de novo. Frequentemente acontece isso comigo, deve ser meu carma, ficar remoendo experiências traumáticas, ansiar por tê-las novamente, "querer estar presa por vontade" a algo que não me faz bem. De qualquer forma, já tenho meu bilhete, e não vejo a hora de chegar minha vez, uma próxima volta, próximos altos e baixos, eu preciso disso, nem que seja uma última vez.
Little J.

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